Muito barulho por quase nada: gripe suína e dengue 4

Os jornais do RN estampam nesta sexta-feira: segundo caso de gripe suína registrado no RN neste ano.

Em dezembro de 2009 fiz uma série de matérias para o Novo Jornal sobre a epidemia da tal gripe suína por aqui. Era época de Carnatal e a possibilidade de uma contaminação em massa, pela festa, assustava autoridades.

Foi o período, também, que a Organização Mundial da Saúde classificou a gripe suína como pandemia e ninguém sabia ao certo os efeitos que ela ia ter.

Um ano depois, em 2010, observou-se que o H1N1 era mais fraco do que esperava. A taxa de mortalidade, um pouco maior da gripe comum, não seria capaz de causar mortes em massa, epidemia e caos.

E não, ela não representava tanto risco à saúde como as autoridades imaginaram. 

Tanto é que o protocolo de atendimento de um paciente com H1N1 segue, basicamente, as mesmas regras do paciente atendido com uma gripe forte.

Aliás, em miúdos, a gripe suína nada mais é do que uma gripe forte. Como qualquer doença, tem sim seu risco, mas se bem tratada e com o paciente gozando do devido repouso não causa complicações.

Outro sensacionalismo que fazem é quanto ao sorotipo 4 da dengue. Por algum motivo (não me pergunte qual) eu sempre fiz matérias relacionadas a saúde no Novo Jornal. No ano passado, fiz uma série só sobre dengue.

A única diferença entre o sorotipo 4 da dengue é que, como não circula há mais de 20 anos no Brasil, corre-se o risco de mais gente ser contaminada pela dengue do que o normal.

Mas os sintomas e o tratamento são os mesmos. Água e repouso.

Para quem gosta do tema e também do sensacionalismo da mídia em relação a isso, recomendo o filme "Contágio" do Steven Soderbergh. 

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