Os protetores da internet


Em tempos de SOPA, PIPA e de Megaupload e XVideos fechados, o Anonymus cresce e ganha fama. São os protetores da internet. 

Atacam os sites das grandes coorporações para se vingar, montam banco de dados de arquivos "piratas" e disponibilizam para o público. 

Muita gente pensa que isso é novidade, mas esse conceito de "proteger a internet", ou a anarquia que é a rede, data já de anos. 

Mais especificamente de quando o Napster foi fechado, ali em meados dos anos 2000. Já na época, grupos de hackers se reuniam com o objetivo de manter a liberdade que o Napster um dia desvendou. 
Revolução digital passa necessariamente pelo Napster

Para quem não sabe, o Napster foi a primeira rede p2p da internet que compartilhava música. A 'revolução' do mp3 e dos arquivos digitais passa necessariamente por essa rede. 

Na época que a indústria agiu para acabar com o Napster, os 'hackers' começaram a se unir em torno do objetivo comum: manter a anarquia digital. 

São muitos. São organizados. E sabem mais sobre tecnologia do que muita gente pensa que sabem. Se brincar, estão infiltrados até nas próprias corporações. 

E esses hackers trabalham incessantemente para manter a rede como está hoje. De graça, pela ideologia cibernética que os regem. 

Não adianta atacar a liberdade que a internet trouxe, é preciso que a indústria se adapte a ela. Criar uma guerra é ruim para todos os lados e não vai garantir o 'direito autoral', conceito, aliás, que já está ultrapassado. 

Outra coisa que foi se construindo ao longo desses anos: as comunidades e fóruns de pessoas que se dedicam em, unicamente, trollar as grandes companhias de entretenimento. 

Compartilhar faz parte da cultura da internet. Não é, Facebook?
São milhares de pessoas que diariamente transformam CD's, filmes, séries em arquivos digitais e os disponibilizam para download. E fazem isso de graça.

Fora os outros tantos que perdem tempo legendando esses arquivos para quem não fala inglês. Deixam tudo pronto para o usuário final. 

O conceito de compartilhar está diretamente ligado à cultura que a internet trouxe. E o esforço para que isso ocorra está enraizado nos usuários há anos. As pessoas fazem isso por gosto e não vão parar. 

Não adianta lutar contra a corrente. Ela é mais forte. Os tempos são outros e a indústria do entretenimento tem que entender isso. 

Lucrar com publicidade, modificar a forma de consumo de discos e filmes, se adaptar a esse novo mundo que a internet trouxe. 

Não adianta fechar o Megaupload, daqui a pouco vão abrir outros 10 ou 20 iguais (ou até melhores) a ele. 

Não adianta tentar aprovar leis restritivas, haverá sempre um modo de burlar isso tudo. 

 O mundo mudou e faz parte do capitalismo se adaptar a essa mudança.

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