No feriado da terça-feira, dia do trabalho, estudantes da UERN organizaram um tuitaço que pulou os muros da universidade e atingiu uma dimensão estadual.
Organizados por #RosalbaVergonhadoRN, conseguiram engajamento de opositores do governo, movimentos sociais e, sobretudo, a população.
Por coincidência, no mesmo dia, o Jornal Nacional veiculou uma matéria sobre o caos no hospital Walfredo Gurgel. A equipe de reportagem, ao tentar falar com o então secretário Domício Arruda, foi surpreendida: ele não falaria no dia, porque era feriado.
Surpreendendo a todos os jornalistas - ainda não me conformo com o fato de não haver nenhum repórter para adiantar a notícia - o Jornal Nacional do dia seguinte vinha com outra matéria sobre a saúde no RN e o fato: Domício Arruda não era mais secretário de saúde.
Foram instantes em que os usuários do twitter, tão habituados a atacar a prefeita, voltaram sua mira para o Governo do Estado que, parece, segue o mesmo depressivo caminho de Micarla de Sousa.
Para tentar reverter a situação, a equipe de comunicação do Governo foi para o ataque. Mobilizou uma equipe para colocar mensagens de apoio da governadora no twitter. Ao ver isso, outros usuários começaram a criticar ainda mais o governo.
E o protesto virou guerra. Nos trending topics.
O burburinho atravessou as fronteiras do Rio Grande do Norte e chegou a Brasília, local onde o governo criou um conselho político para ajudá-lo a governar.
O resultado imediato foi a queda de mais dois secretários (Planejamento e Casa Civil), a oficialização do marido da governadora, Carlos Augusto Rosado, no governo e o boato de que a secretaria de comunicação mudaria de titular por não conseguir conter esse movimento de insatisfação.
O burburinho atravessou as fronteiras do Rio Grande do Norte e chegou a Brasília, local onde o governo criou um conselho político para ajudá-lo a governar.
O resultado imediato foi a queda de mais dois secretários (Planejamento e Casa Civil), a oficialização do marido da governadora, Carlos Augusto Rosado, no governo e o boato de que a secretaria de comunicação mudaria de titular por não conseguir conter esse movimento de insatisfação.
Um analista mais curioso poderia comparar esse movimento do governo de agora, com o que ocorreu exatamente um ano e meio depois do início da gestão de Micarla, onde a internet começou a incomodar. Na época, o caso dos parrachos de Pirangi e da ação desastrosa para desocupar o Circo Grok começaram a mobilizar usuários contra a gestora.
A comparação resultaria numa semelhança: ambas as gestões tratam a insatisfação popular online com arrogância, não como modo para repensar modelos de gestão e até de usar as ferramentas da internet para detectar problemas e resolvê-los de forma imediata.
E por tratar com arrogância, falham em dar uma resposta concreta à sociedade sobre a crise pública que vivemos. É preciso humildade para aceitar o problema e, a partir daí, resolvê-lo. A governadora e o marido precisam lembrar que não estão em Mossoró e que o poder cultural/social que a família tem lá não se reflete em todo o Estado. Muito menos em Natal.
O governo Rosalba parece tratar a internet como inimiga, assim como Micarla sempre a tratou. Elas não enxergam a rede como uma aliada com um potencial poder de aprofundar as relações democráticas entre governo e sociedade.
E é nesse equívoco, unido com uma forma conservadora de fazer e pensar política, como se ainda tivéssemos no coronelismo e que as ações tem que ser centralizadas, é que mora o veneno que paralisa o governo.
Se continuar assim o diagnóstico é certo: o fracasso da gestão de Natal vai se repetir em todo o Estado.
Que venha 2014.
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