Midias sociais e o #fail do Faceburg

Mídia social e mídia tradicional se retroalimentam. Engana-se quem pensa (e há muitos que pensam) que um vai matar o outro. Pelo contrário, ao que parece, cada vez mais um depende mais que o outro.

A mídia tradicional depende do twitter e do facebook para garantir maior tráfego e mais leitores. Ações e campanhas nas redes sociais precisam da mídia tradicional que, me parece, tem mais credibilidade que usuários de twitter e facebook. 

Credibilidade é o ponto.

Falo isso depois de acompanhar um #fail de uma agência de publicidade daqui. Com o claro objetivo de gerar um viral, o Faceburg criou um factóide: dizia que estava sendo processo pelo Facebook.

Leia também A irresponsabilidade do Faceburg e o plágio da marca

Postou a informação num blog, colocou um vídeo super bem produzido para isso e linkou a página da sanduicheria. 

O #fail começa, primeiro, porque a empresa não divulgou nenhuma notificação oficial do Facebook, o texto no blog dizia que os usuários criaram um vídeo para protestar contra a suposta ação da empresa norte-americana.

Você clica play no vídeo e vê, claramente, que - apesar de bonito - essa superprodução dificilmente seria feita por um usuário comum.

Outro erro foi dizer que usuários criaram um grupo no facebook em solidariedade a empresa. Quando você entra no grupo, não vê um post sequer comentando essa suposta notícia de protesto.

A coisa ficou tão óbvia que era embuste de marketeiro que o pessoal chiou na página oficial da sanduícheria e nos comentários do blog, que publicou inicialmente a informação. 

Usuário de internet é mais inteligente do que parece, fellows.

A ideia do boato afundou e prejudicou, ao final, a imagem da empresa. Parece que o Faceburg quer enganar o próprio consumidor. 

Se quer criar um viral, a partir de uma notícia, você, primeiro, precisa plantar ela em algum veículo tradicional (muito marketeiro é profissional nisso) e esperar que ela se espalhe. Pode ser que dê certo, pode ser que não.

Mas fazer algo com uma mega cara de embuste, como foi feito, é que não pode.

10 comentários:

  1. homi, fui logo no site do TJRN, nao vi nd e falei logo pro povo!
    nao axo isso certo nao!

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  2. O processo rolou, saiu no DOU

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  3. É só eles digitalizarem a intimação que eu irei divulgar com prazer algo ridículo que o FACEBOOK fez, mas se não digitalizarem irei divulgar essa sacanagem de querer enganar o consumidor.

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  4. eles não iriam fazer isso se fosse mentira, é o que eu acho. E todos sabem que o facebook tem acesso ao nome e vai atrás de tudo que se pareça com a sua marca, assim como o mc donalds e tantas outras grandes empresas.

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  5. É... e você tá fazendo a mesma coisa que os marketeiros fizeram, divulgando a marca.

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  6. Nossa, grande divulgação... informar que a marca tá fazendo algo errado. Na paz, não queria minha marca sendo divulgada desse jeito não.

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  7. Nego ainda não aprendeu que viral não se fabrica! Tipo, além do nome e logo feias, achei tão de mau gosto que nem me interessei em ir conhecer tal lanchonete.

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  8. no final das contas quem está ganhando é faceburg, que está na boca do povo!

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  9. Os caras são processados pela empresa que eles querem utilizar pra atender o cliente. Cadê o sentido? hahahaha Qual foi a agência que fez essa cagada?

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  10. Não sei quem fez, se o Caio Wagner ou a Ratts, mas usaram uma estratégia um tanto duvidosa e apelativa para divulgar a lanchonete. O processo do Facebook realmente condizente com um bom comportamento ético. MAL para os publicitários envolvidos e MAL para o cliente que deixou isso acontecer com sua marca. Eu iria querer saber onde é para não comer no Faceburg.

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